Ela é mesmo confundida com outra plantinha chamada tarro ou talo. Mas ainda que mínimas elas possuem algumas diferenças nutricionais. No aspecto físico há também algumas poucas diferenças, daí a confusão. Ela também é conhecida como orelha-de-elefante (quando usada como ornamental), macabo, mangarás, mangará-mirim, mangareto, mangarito, taiá ou yautia. Contém grande quantidade de proteínas, baixa caloria, fibras, suas principais fontes são ferro, cálcio e ótima fonte de vitaminas A, B e C, quantidade comparada a uma laranja (a raiz tem quantidades maiores de minerais e as folhas de vitaminas). Usadas com o caule ou haste, as folhas são comumente refogadas e pode também transformada em farinha. Só com os talos pode-se fazer um excelente suflê. O efô, prato característico da Bahia, é feito com folhas de taioba (ou então com as do espinafre, beterraba ou manjogome). No livro A Cura Popular Pela Comida, o médico Flávio Rotman lembra que o tubérculo também deve ser utilizado: por sua riqueza em amido, é um fornecedor de energia, muito importante na alimentação de crianças, velhos, trabalhadores braçais, atletas, grávidas e mulheres que amamentam. Utilizada como digestivo, tem a propriedade de regularizar as funções intestinais.
O cultivo é simples, as folhas se reproduzem rapidamente mesmo no quintal de casa.
Apesar do mito sobre uma espécie venenosa, a taioba é um alimento rico em calorias e é hipoalergênico, ou seja, tanto a plantinha quanto suas raízes não são capazes de produzir reações alérgicas.
Para prepará-la, a forma não é muito diferente da que usamos com a couve: as folhas devem ser picadas e refogadas. O caule pode ser cozido, frito, acrescentado a cremes ou no preparo de bolinhos. Atenção a esse alerta: o consumo das folhas cruas está proibido já que a taioba contém altas quantidades de cristais de oxalato de cálcio - substância que irrita as mucosas da boca e da garganta, causando sensação de asfixia. Para evitar que isso aconteça, é simples: afervente a hortaliça e escorra a água utilizada. "Evite utilizar folhas velhas e secas, pois elas concentram ainda mais dessa substância".
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Pirão de taioba com farinha de mandioca
Ingredientes
3 folhas de taioba cozidas, escorridas e picadas
2 dentes de alho picados
2 CS de azeite de olive extravirgem
1 cc de sal
1 pimenta dedo de moça vermelha, sem sementes, picada
2 xícaras (chá) de água fervente
1/2 xícara (chá) de farinha de mandioca
Como fazer
Tire a nervura central das folhas da taioba e cozinhe em água salgada. Após 10 minutos, ou quando as folhas estiverem macias, escorra toda a água. pique as folhas cozidas e reserve. (Como usei as folhas da couve, comprei algumas bem grandes e cozinhei alguns minutos no vapor).
Em uma panela, doure o alho no azeite, junte a pimenta picada e a água fervente. Em seguida a crescente a taioba e espere ferver. Junte, aos poucos, a farinha de mandioca, mexendo sempre. Deixe engrossar, prove o tempero e corrija o sal se necessário.
Dica: se não gostar de pratos muito picantes, diminua a quantidade de pimenta.
A receita original recomenda "servir com peixe" (peloamordedeus, peixe não!), mas a farofa ficou perfeita junto com o feijão e o arroz e deve combinar divinamente com uma feijoada vegetariana!
Talos de taioba com molho agridoce e picante
Ingredientes
9 talos de taioba descascados e cortados
1 cc de açúcar mascavo
suco de um limão
1 cc de azeite de oliva extravirgem
1 cc de gengibre picado ou ralado
1 pimenta dedo de moça sem sementes, picada
2 CS de cebolinha picada
1/2 CS de gergelim preto tostado
sal a gosto
Como fazer
Coloque os talos de taioba em um litro de água fervente, temperados com 1/2 colher de sopa de sal. Deixe cozinhar por 5 minutos ou até ficarem macios, mas não muito moles. Escorra e deixe esfriar. (Aqui utilizei os talos do brócolis e, novamente, cozinhei alguns minutos no vapor).
À parte, misture todos os outros ingredientes.
Acrescente os os talos já frios na mistura e sirva como entrada ou acompanhamento.
Fontes: folhadetaioba, cozinhanatureba, agronaturatere e abecedariovegetal
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