10 de mai. de 2012

Taioba

 A Taioba originária da América Central, cultivada nas regiões tropicais em grande quantidade. Suas folhas grandes são verde claro e em forma de seta, com caules longos. Pode crescer até nove metros de altura, no entanto em climas secos com baixa umidade não crescem tão alto. Ela possui raízes que brotam uma das outras e sua poupa é densa rosada ou amarela. Além das folhas jovens as raízes também são comestíveis, ricas em amidos.
 Ela é mesmo confundida com outra plantinha chamada tarro ou talo. Mas ainda que mínimas elas possuem algumas diferenças nutricionais. No aspecto físico há também algumas poucas diferenças, daí a confusão. Ela também é conhecida como orelha-de-elefante (quando usada como ornamental), macabo, mangarás, mangará-mirim, mangareto, mangarito, taiá ou yautia. Contém grande quantidade de proteínas, baixa caloria, fibras, suas principais fontes são ferro, cálcio e  ótima fonte de vitaminas A, B e  C, quantidade comparada a uma laranja (a raiz tem quantidades maiores de minerais e as folhas de vitaminas). Usadas com o caule ou haste, as folhas são comumente refogadas e pode também transformada em farinha. Só com os talos pode-se fazer um excelente suflê. O efô, prato característico da Bahia, é feito com folhas de taioba (ou então com as do espinafre, beterraba ou manjogome). No livro A Cura Popular Pela Comida, o médico Flávio Rotman lembra que o tubérculo também deve ser utilizado: por sua riqueza em amido, é um fornecedor de energia, muito importante na alimentação de crianças, velhos, trabalhadores braçais, atletas, grávidas e mulheres que amamentam. Utilizada como digestivo, tem a propriedade de regularizar as funções intestinais.
O cultivo é simples, as folhas se reproduzem rapidamente mesmo no quintal de casa. 

Apesar do mito sobre uma espécie venenosa, a taioba é um alimento rico em calorias e é hipoalergênico, ou seja, tanto a plantinha quanto suas raízes não são capazes de produzir reações alérgicas.










Para prepará-la, a forma não é muito diferente da que usamos com a couve: as folhas devem ser picadas e refogadas. O caule pode ser cozido, frito, acrescentado a cremes ou no preparo de bolinhos. Atenção a esse alerta: o consumo das folhas cruas está proibido já que a taioba contém altas quantidades de cristais de oxalato de cálcio - substância que irrita as mucosas da boca e da garganta, causando sensação de asfixia. Para evitar que isso aconteça, é simples: afervente a hortaliça e escorra a água utilizada. "Evite utilizar folhas velhas e secas, pois elas concentram ainda mais dessa substância".



Pirão de taioba com farinha de mandioca

Ingredientes

3 folhas de taioba cozidas, escorridas e picadas 
2 dentes de alho picados
2 CS de azeite de olive extravirgem
1 cc de sal
1 pimenta dedo de moça vermelha, sem sementes, picada
2 xícaras (chá) de água fervente
1/2 xícara (chá) de farinha de mandioca

Como fazer

Tire a nervura central das folhas da taioba e cozinhe em água salgada. Após 10 minutos, ou quando as folhas estiverem macias, escorra toda a água. pique as folhas cozidas e reserve. (Como usei as folhas da couve, comprei algumas bem grandes e cozinhei alguns minutos no vapor).

Em uma panela, doure o alho no azeite, junte a pimenta picada e a água fervente. Em seguida a crescente a taioba e espere ferver. Junte, aos poucos, a farinha de mandioca, mexendo sempre. Deixe engrossar, prove o tempero e corrija o sal se necessário. 

Dica: se não gostar de pratos muito picantes, diminua a quantidade de pimenta.

A receita original recomenda "servir com peixe" (peloamordedeus, peixe não!), mas a farofa ficou perfeita junto com o feijão e o arroz e deve combinar divinamente com uma feijoada vegetariana!

Talos de taioba com molho agridoce e picante

Ingredientes

9 talos de taioba descascados e cortados
1 cc de açúcar mascavo
suco de um limão
1 cc de azeite de oliva extravirgem
1 cc de gengibre picado ou ralado
1 pimenta dedo de moça sem sementes, picada
2 CS de cebolinha picada
1/2 CS de gergelim preto tostado
sal a gosto

Como fazer

Coloque os talos de taioba em um litro de água fervente, temperados com 1/2 colher de sopa de sal. Deixe cozinhar por 5 minutos ou até ficarem macios, mas não muito moles. Escorra e deixe esfriar. (Aqui utilizei os talos do brócolis e, novamente, cozinhei alguns minutos no vapor).

À parte, misture todos os outros ingredientes.

Acrescente os os talos já frios na mistura e sirva como entrada ou acompanhamento.

Fontes: folhadetaioba, cozinhanatureba, agronaturatere e abecedariovegetal

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